Tenho observado o comportamento de
algumas pessoas dentro de um grupo de trabalho, e noto que, onde há
insegurança, há ciúme.
Existe um perigo muito grande quando o
relacionamento interpessoal está abalado pelo ciúme. Deste conflito pode surgir
o ódio, um desejo de destruir o colega, diminuir ou prejudicá-lo. O melhor
atalho para a inimizade é a ausência de diálogo.
Por que determinadas pessoas têm uma
amizade tão frágil? Quando somos amigos de alguém por interesse, esperamos algo
desta pessoa, isto faz com que a amizade fique sempre à mercê da obtenção ou
não deste querer. A base de uma verdadeira amizade tem que ser o desinteresse.
Distinguimos uma boa amizade quando
duas pessoas buscam objetivos comuns, se ajudam, colaboram um com o outro para
alcançar este objetivo. Um verdadeiro amigo não tem o amigo como objetivo, mas
como colaborador para atingir objetivos comuns.
É natural que no caminhar por um
objetivo comum existam conflitos. Entretanto, quando há uma verdadeira amizade,
as pessoas crescem, porque dialogam e isto contagia o entusiasmo e o espírito
empreendedor.
Uma verdadeira amizade nasce com o
tempo, com o compartilhar e o dividir dos problemas. Para alimentar a amizade,
temos que viver a justiça, dar ao amigo o que lhe é de direito. Não existe
amizade quando não respeitamos o interesse e as necessidades do outro.
Uma pessoa empreendedora sabe cultivar
a verdadeira amizade fazendo com que os seus colaboradores busquem objetivos
comuns dentro de um espírito de equipe. Sabe identificar a injustiça e o
egoísmo que com certeza irão criar a inimizade e o desequilíbrio do
empreendimento.
Vorneis de Lucia
Presidente do Instituto Pro Humanitas
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