Uma pessoa empreendedora sabe que o seu
trabalho é desenvolvido sempre para alguém. Não passa pela sua cabeça que está
desenvolvendo um trabalho para sua satisfação pessoal. Este comportamento
egoísta não faz parte do perfil de uma pessoa empreendedora.
Um empreendedor sabe a diferença entre
cliente e freguês. Sabe que a palavra cliente é mais abrangente. Ela não se
limita ao freguês, que podemos chamar de “cliente externo”, aquele que adquire
o produto ou serviço. A palavra cliente também aponta para a pessoa com quem
trabalhamos, aqueles que fazem parte da nossa equipe de trabalho; a estes
chamamos de “clientes internos”.
O empreendedor tem uma visão de
conjunto, uma visão que podemos chamar de “holística”. Sabe que tudo o que se
faz, se faz para alguém, portanto, deve ser avaliada dentro do conjunto. Eu não
posso decidir o que é melhor ou a melhor forma de se fazer algo sem observar as
necessidades da pessoa para quem eu faço um determinado trabalho, seja ele
cliente externo ou interno.
O cliente interno independe da função
hierárquica. Sempre que me relaciono com alguém lhe presto um serviço, portanto
esta pessoa é um cliente interno. Tenho que ter consciência do processo de
trabalho o qual todas as pessoas estão subordinadas, desta maneira identifico a
melhor forma de satisfazer as necessidades funcionais do meu cliente interno,
ou seja, passo uma “bola redonda”.
Quando alguém diz: “Eu fiz a minha
parte”. Se esta “parte” não é “parte” de um todo, se ela não se encaixa no conjunto
de forma harmônica, então esta “parte” não é “parte” de nada. Uma pessoa
empreendedora sabe o grau de contribuição que esta “parte” tem para com o todo,
e exerce o seu papel harmonicamente, satisfazendo o seu cliente interno e
externo.
Vorneis de Lucia
Presidente do Instituto Pro Humanitas
Nenhum comentário:
Postar um comentário