segunda-feira, 28 de abril de 2014

AUTOSSUFICIÊNCIA

É interessante o comportamento de alguns empreendedores diante dos desafios do cotidiano. Apresentam uma autossuficiência impressionante, trazem para si toda a responsabilidade para as soluções dos problemas.

Atrás desta frágil representação de força, existe na verdade um medo muito grande de não querer aceitar a sua fragilidade e desconhecimento. Quer demonstrar às outras pessoas que não precisa de ajuda, escondendo assim a sua insuficiência.

O autossuficiente acha que não deve pedir conselho ou ajuda a ninguém, que tem a obrigação de resolver tudo sozinho, afinal de contas é sua responsabilidade. O que ele não sabe é que ao apresentar o problema a alguém está refletindo durante esta exposição, pois é obrigado a estruturar o problema para poder falar e neste momento pode surgir a solução. Outro benefício está em aliviar a pressão psicológica quando dividimos o problema com alguém, e desta forma pensamos melhor. E um terceiro benefício é que a pessoa que está ouvindo o problema pode realmente apresentar uma solução, pois poderá ver por outro ângulo.

O empreendedor autossuficiente tem que entender que não existe um “eu” sem um “você”, as relações interpessoais não são um acidente da natureza, e sim uma necessidade do ser humano. O homem não existe pura e simplesmente, ele coexiste, existe com alguém, ou seja, o ser humano é um ser social por natureza.

Vamos encerrar com uma frase de Cowper: “O saber é orgulhoso de haver aprendido tanto. A sabedoria é humilde por não saber mais”.

Vorneis de Lucia
Presidente do Instituto Pro Humanitas


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