É interessante o comportamento de
alguns empreendedores diante dos desafios do cotidiano. Apresentam uma autossuficiência
impressionante, trazem para si toda a responsabilidade para as soluções dos
problemas.
Atrás desta frágil representação de
força, existe na verdade um medo muito grande de não querer aceitar a sua
fragilidade e desconhecimento. Quer demonstrar às outras pessoas que não
precisa de ajuda, escondendo assim a sua insuficiência.
O autossuficiente acha que não deve
pedir conselho ou ajuda a ninguém, que tem a obrigação de resolver tudo
sozinho, afinal de contas é sua responsabilidade. O que ele não sabe é que ao
apresentar o problema a alguém está refletindo durante esta exposição, pois é
obrigado a estruturar o problema para poder falar e neste momento pode surgir a
solução. Outro benefício está em aliviar a pressão psicológica quando dividimos
o problema com alguém, e desta forma pensamos melhor. E um terceiro benefício é
que a pessoa que está ouvindo o problema pode realmente apresentar uma solução,
pois poderá ver por outro ângulo.
O empreendedor autossuficiente tem que
entender que não existe um “eu” sem um “você”, as relações interpessoais não
são um acidente da natureza, e sim uma necessidade do ser humano. O
homem não existe pura e simplesmente, ele coexiste, existe com
alguém, ou seja, o ser humano é um ser social por natureza.
Vamos
encerrar com uma frase de Cowper: “O saber é orgulhoso de haver
aprendido tanto. A sabedoria é humilde por não saber mais”.
Vorneis de Lucia
Presidente do Instituto Pro Humanitas
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