segunda-feira, 28 de abril de 2014

A LÍNGUA

Certa vez estava analisando com um empreendedor o comportamento de certos colaboradores que dedicavam parte do seu tempo para falar mal dos próprios colegas. Estas pessoas, que passam o tempo observando o comportamento dos outros e depois em conversa de corredor, ou no banheiro, procuram difamar ou caluniar as pessoas. Não percebem o mal que podem estar cometendo, acham que são conversas inocentes e que não há mal algum nisto.

São pessoas que têm o mau hábito de fazer mau juízo de seus colegas de trabalho, demonstrando atitudes de menosprezo e antipatia, de desconfiança, com comentários do tipo: “esta é fingida”, “fulano é puxa saco”, “tal pessoa é desonesta” , “beltrano está tramando alguma coisa...”, ficam murmurando até chegar na calúnia.

Para quem acha que este tipo de comportamento não tem maldade, quero que saiba que este tipo de pessoa está cometendo o pior ROUBO que pode existir. Está roubando o que há de maior valor na pessoa, a sua HONRA, A BOA FAMA, A DIGNIDADE.

O que pode levar a pessoa a este tipo de comportamento? O primeiro motivo é a covardia, ou seja, o medo de enfrentar a verdade. Não é capaz de conversar com a pessoa de quem está falando e resolver as suas queixas. O outro motivo é a vaidade, que nos leva a mentir, na intenção de sair engrandecido, enfeita e aumenta os fatos. Um terceiro motivo é o interesse egoísta, acha que vale tudo para alcançar vantagens, ou melhorar o relacionamento com outras pessoas.

Uma coisa é certa, este mal não é do nosso século, isto vem acompanhando a humanidade a milênios. Para aqueles que querem persistir neste erro vamos finalizar com um ensinamento de Jesus Cristo: “Uma árvore boa não dá frutos maus, uma árvore má não dá bom fruto, porquanto cada árvore se conhece pelo seu fruto. Não se colhem figos dos espinheiros, nem se apanham uvas dos abrolhos. O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração, e o homem mau tira coisas más do seu mau tesouro, porque a boca fala daquilo de que o coração está cheio” (Lc 6, 43-45).

Você empreendedor preocupe-se com o que tem no coração de seu colaborador, pois isto é o que brotará de sua boca quando você menos esperar.

Vorneis de Lucia
Presidente do Instituto Pro Humanitas


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