segunda-feira, 28 de abril de 2014

CARACTEROLOGIA

Você deve ter notado que ao falar com os seus colaboradores e mesmo com os seus clientes, ocorrem reações diferentes diante do mesmo assunto. Determinadas pessoas se mostram mais sensíveis e se ofendem por pouca coisa, enquanto que outras pessoas não têm a mesma reação. Como responsável pela empresa, fica difícil dialogar com as pessoas, encontrando reações diferentes diante do mesmo fato.

Para conhecer melhor os nossos subordinados e os clientes, ou seja, as pessoas que nos rodeiam, não precisamos ser psicólogos. Temos que aprender a perceber traços mais salientes da pessoa, do seu modo habitual de ser, de reagir, de situar-se em face dos acontecimentos. São coisas que estão ao alcance de qualquer profissional. Trata-se de observar as características baseadas no senso comum.

Este tipo de observação tem um nome difícil: caracterologia. Mas não nos deixemos impressionar; trata-se apenas de conhecimentos práticos que podem oferecer a moldura externa e a consciência de que cada comportamento tem um significado próprio.

Muitos empreendedores julgam as pessoas e cometem um erro primário, colocando um “selo” na pessoa, não admitindo que este tipo de caráter possa ser reeducado.

O caráter compõe-se de elementos inatos e de elementos adquiridos. Os primeiros estão ligados ao organismo e não são suscetíveis de uma modificação total; são a constituição física, o temperamento e a inteligência (esta última nas suas várias formas: concreta, abstrata, lógica e imaginativa).

O empreendedor tem que perceber que as pessoas são diferentes, possuem tipos caracterológicos diferentes e, portanto, devem receber tratamento diferenciado. Costumo dizer aos meus clientes que tenho quatro filhos e dou a mesma educação aos quatro, mas de quatro formas diferentes, respeitando a forma de ser de cada um, e procurando formar melhor o seu caráter. Isto é o que nós devemos fazer com os nossos colaboradores.

Este tratamento diferenciado também deve ocorrer com os nossos clientes. Temos que tomar cuidado com o que falamos, e como falamos. Alguns dos nossos clientes prestarão mais atenção ao texto, outros ao contexto.

Vorneis de Lucia
Presidente do Instituto Pro Humanitas


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