É triste ver um empreendimento morrer.
Mas uma coisa é certa, o empreendedor morreu antes. E a empresa, como um barco
fantasma, fica à deriva no mar.
Ver um homem sem espírito de liderança
me vem à memória uma passagem do livro de Gustavo Corção – Lições de Abismo:
Venham, venham ver o brigue famoso
com mastros de cera e bandeiras de
fogo!
O navio ancorou. Ei-lo no porto.
De longes terras volveu. Em largos
mares partiu.
Por ventos doidos dançou.
Vejam!
A Eça funerária é um navio...
Mas tem âncoras demais, salva-vidas
demais,
E o único tripulante chega morto!
Empreendedor, a empresa é como um
navio. Os primeiros a morrer: o capitão e a tripulação. O que mais encontro são
zumbis, mortos vivos, fazendo da empresa o seu próprio caixão. Querem um
marceneiro para consertar o caixão? Não! Quem precisa de ajuda são as pessoas.
É nestes momentos difíceis que o
empreendedor, mais vivo que os demais, mostra a sua capacidade: lidera,
orienta, motiva, vê oportunidades, define novos rumos e sem medo lança o navio
mar adentro.
Vorneis de Lucia
Presidente do Instituto Pro Humanitas
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