domingo, 27 de abril de 2014

PALAVRAS AMBÍGUAS

O empreendedor tem que tomar cuidado com a expressão “é possível”. Vou relatar um caso de uma pessoa que tem muita dificuldade em se posicionar entre o “sim” e o “não”.

Durante uma de minhas visitas presenciei o seguinte caso: “O encarregado recebeu a visita de um profissional de sua equipe de trabalho. Perguntava se poderia atrasar em uma semana a entrega de um relatório de um determinado cliente. O encarregado prontamente responde que é possível e o profissional deixa a sala”.

Fiquei muito preocupado com a resposta e questionei dizendo que “é possível” não é um “sim” e também não é um “não”. Que esta resposta está mais para um “talvez”. E pelo que me pareceu o profissional havia entendido como um “sim”. Ele me respondeu dizendo que era praticamente um “sim”, pois o cliente era muito flexível e não se importaria com o atraso. Questionei novamente dizendo que “praticamente um sim” não era “sim” e que ele deveria ligar para o cliente para confirmar a nova data.

O encarregado ligou para o cliente e colocou a necessidade de se mudar a data de entrega do relatório. O cliente respondeu: “Sinto muito, mas neste caso em particular eu não posso atrasar um dia sequer!”.

Quando o encarregado conseguiu informar o profissional da negativa do cliente, obteve a seguinte resposta: “Contando com uma semana extra, assumi um novo compromisso para esta data”.

Este caso é bastante comum, e devemos tirar uma lição. Um bom empreendedor não dá respostas ambíguas, procura se posicionar com clareza e firmeza nas respostas. Se quisermos nos relacionar bem, temos que escolher as palavras certas para não gerar uma dupla interpretação.

Vorneis de Lucia
Presidente do Instituto Pro Humanitas


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