O empreendedor tem que tomar cuidado
com a expressão “é possível”. Vou relatar um caso de uma pessoa que tem muita
dificuldade em se posicionar entre o “sim” e o “não”.
Durante uma de minhas visitas
presenciei o seguinte caso: “O encarregado recebeu a visita de um profissional
de sua equipe de trabalho. Perguntava se poderia atrasar em uma semana a
entrega de um relatório de um determinado cliente. O encarregado prontamente
responde que é possível e o profissional deixa a sala”.
Fiquei muito preocupado com a resposta
e questionei dizendo que “é possível” não é um “sim” e também não é um “não”.
Que esta resposta está mais para um “talvez”. E pelo que me pareceu o
profissional havia entendido como um “sim”. Ele me respondeu dizendo que era
praticamente um “sim”, pois o cliente era muito flexível e não se importaria
com o atraso. Questionei novamente dizendo que “praticamente um sim” não era
“sim” e que ele deveria ligar para o cliente para confirmar a nova data.
O encarregado ligou para o cliente e
colocou a necessidade de se mudar a data de entrega do relatório. O cliente
respondeu: “Sinto muito, mas neste caso em particular eu não posso atrasar um
dia sequer!”.
Quando o encarregado conseguiu informar
o profissional da negativa do cliente, obteve a seguinte resposta: “Contando
com uma semana extra, assumi um novo compromisso para esta data”.
Este caso é bastante comum, e devemos
tirar uma lição. Um bom empreendedor não dá respostas ambíguas, procura se
posicionar com clareza e firmeza nas respostas. Se quisermos nos relacionar
bem, temos que escolher as palavras certas para não gerar uma dupla
interpretação.
Vorneis de Lucia
Presidente do Instituto Pro Humanitas
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