domingo, 27 de abril de 2014

PODER PELA LIDERANÇA

Todo empreendedor acredita ter poder sobre os seus colaboradores, afinal de contas ele é o lider e tem o poder de contratar e demitir quem ele acha que não está correspondendo com os interesses do negócio.

Que tipo de poder é este? É um poder baseado na força, no medo, na pressão, tecnicamente chamado de Poder Coativo, ou seja, é utilizado pela coação, pelo constrangimento.

Este tipo de poder é resquício da era do coronelismo, onde a pessoa se coloca como o dono da verdade, pelo simples fato de ser o superior hierárquico, esta palavra “superior” o endeusa.
           
Este endeusamento lhe faz pensar que pode gritar com as pessoas, agredir verbal e fisicamente em alguns casos. Pobre empreendedor que quer ser um deus.

Uma pessoa que grita com o colaborador é um fraco, pois não tem força para controlar os seus sentimentos, as suas reações, e se manter dentro da razão para poder dialogar e resolver os problemas com paz e prudência.

O verdadeiro poder é o conquistado pela LIDERANÇA. O superior hierárquico tem que ser um líder, mas ser líder só é possível através do exemplo. O poder conquistado pela liderança é um poder delegado pelos liderados.

Se quero ser um líder na minha empresa, tenho que começar a dar exemplos de virtude, praticar a justiça, ser coerente, agir com prudência, saber ouvir e falar, saber decidir e agir quando se deve, mas sempre com a razão e com a emoção controlada.

Se cultivo estes valores e muitos outros, passo a ser admirado pelos meus colaboradores, porque demonstro através dos meus atos (não do que eu falo, mas do que eu faço) que sou uma pessoa digna de ser seguida, conquisto a sua admiração, e conseqüentemente o poder de liderança.

Um cliente me falou que paciência tem limite. É verdade, mas para uns o limite está muito próximo, enquanto que para outros este limite está bastante distante. Temos que aprender a distanciar este limite, se queremos agir com a razão e com prudência.

Pobre empreendedor que ainda vive a frase: “Faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço”. Uma pessoa sem valores não pode exigir valores, uma pessoa que não dá bons exemplos não é modelo a ser seguido.

Vorneis de Lucia
Presidente do Instituto Pro Humanitas


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