Existe uma tendência muito forte entre
muitos empreendedores em colocar tudo sob o ponto de vista econômico, e isto
não é uma verdade quando falamos dos recursos humanos.
Dentro do ponto de vista econômico,
olhamos para o mundo através de instrumentos matemáticos e estatísticos,
instrumentos estes que tendem a disfarçar a realidade porque só trabalham com
quantidades mensuráveis. Não conseguem ver as pessoas, suas relações humanas,
as necessidades culturais, religiosas, artísticas, etc. Por falta de expressões
matemáticas as variáveis sociais ficam de fora e não são consideradas.
Quando colocamos o modelo econômico em
primeiro plano, corremos um sério risco de tomar decisões imorais, sob desculpa
de garantir a situação econômica da empresa. Alguns empreendedores se apoiam em
Adam Smith – na lei da oferta e procura. Temos que lembrar que esta forma de
agir é uma convenção legal que demonstra uma grande eficácia para o
desenvolvimento econômico, porém tem os seus defeitos e os seus efeitos
negativos sobre a vida social.
Não podemos colocar o trabalho humano
como se fosse “uma coisa”, que se pode comprar e vender pela simples lei da
oferta e procura.
Empreendedor, vamos ouvir a sabedoria
do Papa João Paulo II que de forma incansável nos dizia: “as pessoas sempre
estão acima das coisas.” Negócios são
negócios, mas as pessoas não são coisas, são pessoas e merecem ser respeitadas
como tal.
Vorneis de Lucia
Presidente do Instituto Pro Humanitas
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