segunda-feira, 28 de abril de 2014

IDENTIFICANDO A INVEJA

O empreendedor tem que aprender a identificar a inveja que o rodeia. A inveja que um colaborador sente pelo outro, entre funcionário e patrão, entre os sócios, e a inveja que o proprietário sente pelo concorrente.

Uma pessoa invejosa é uma pessoa triste. Quando sentimos inveja, estamos invejando o bem do outro. É curioso perceber que esta tristeza é causada por um bem e não por um mal, o bem do outro nos faz triste por ser um bem que não adquirimos. Este bem que as pessoas invejam não são necessariamente materiais. Invejam a beleza, a saúde, a alegria, a competência, etc.

O que caracteriza realmente a inveja? Podemos ter um comportamento de inveja, dependendo da forma como reagimos diante deste bem que pertence ao outro. Quando não suportamos a sombra gerada pelo crescimento de uma pessoa, neste momento estamos sendo invejosos, ou, quando permitimos que o crescimento do outro nos faça sentir rebaixado.

O invejoso é uma pessoa inconformada, vive fazendo queixas, encontra-se constantemente irada. A pessoa invejosa tem sua vida centrada na comparação com os demais, não suportando que o outro adquira bens, procura impedir o crescimento de quem o rodeia. O invejoso disfarçado se faz de amigo, mas procura desencorajar as pessoas, aludindo dificuldades ou problemas, com o único intuito de impedir que as pessoas adquiram bens que ela não é capaz de adquirir.

O que é uma falsa inveja? Quando nos entristecemos com o bem do outro, e não queremos o seu mal, ou o seu bem pessoal, mas sentimos falta deste e percebemos que deveríamos ter um bem semelhante. Desta forma nos colocamos a refletir sobre a possibilidade de se ter o bem, e buscamos condições pessoais para adquiri-lo. Neste momento nos deixamos influenciar pelos bons exemplos da pessoa que adquiriu o bem e de uma forma honesta procuramos imitá-la.

Outro cuidado que devemos ter é não confundir inveja com a “justa indignação”. Quando ficamos tristes por ver pessoas que adquirem bens desonestamente. Isto nos revolta e nos entristece, mas não se trata de inveja, queremos o bem, mas não da forma como foi adquirido. Temos que ter amor ao bem e à perfeição, o invejoso tem amor à glória e à exaltação pessoal.

Vorneis de Lucia
Presidente do Instituto Pro Humanitas


Nenhum comentário:

Postar um comentário