É interessante ver o desgaste de alguns
empreendedores quando não conseguem fazer com que os seus colaboradores
executem aquilo que eles desejam. Perguntam-se: “Se eu faço, por que eles não
fazem?”.
Costumo orientar para que o líder desenvolva
no subordinado a capacidade de imitar as coisas boas. Mas nem sempre o conceito
“imitar” é bem vindo, as pessoas acham que “imitar” é errado.
Por que não gostamos de imitar? O filho
imita o pai, a filha imita a mãe. Michelangelo, quando jovem, ficava tão
extasiado diante das esculturas clássicas gregas que aprendeu a imitá-las com
perfeição. Nelson Rodrigues confessa em suas memórias ter plagiado uma frase do
poeta Raimundo Correia, e que este mesmo poeta tinha plagiado Théophile
Gautier.
Como diz o velho adágio: “Neste mundo
nada se cria, tudo se copia”.
Podemos e devemos servir de modelos e
lembrar que da mesma forma que vão aprender a copiar a nossa ordem, também
aprenderão a copiar a nossa desordem.
Onde fica a nossa liberdade quando
decidimos copiar a outra pessoa? Somos livres no momento da decisão, e ao
decidirmos, a ação passa a ser de nossa responsabilidade. O processo de ensinar
começa por observar e imitar o que o outro vem fazendo.
Já que existe a possibilidade e a
liberdade de imitar, que imitemos pessoas superiores a nós, ou seja, em
virtudes, qualidades e competência profissional.
Não tenhamos uma vaidade pseudoinfantil
em achar que temos a obrigação de introduzir novidades geniais em tudo o que
fazemos. Não partimos unicamente de nós mesmos, temos que aprender a valorizar
o conhecimento e contribuições alheias.
Vorneis de Lucia
Presidente do Instituto Pro Humanitas
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