Certa vez dei consultoria a uma pequena
empresa, onde o empreendedor começou a reunião dizendo: “Aqui é diferente!”.
Primeiro ele me olhava como uma pessoa
que só tem teoria, e que na prática as coisas tinham que ser como eram. Não
queria aceitar que a estrutura da empresa ou o seu comportamento deveria ser
mudado.
Não resta dúvida que sabia que havia
problemas, entretanto, os problemas poderiam estar em qualquer lugar, em
qualquer pessoa, menos nele ou na estrutura que ele havia montado para a
empresa. Afinal de contas tinha ganho muito dinheiro por muito tempo daquela
forma e, se agora não estava bem, com certeza era alguma coisa externa à
empresa que o afetava.
Geralmente, o empreendedor bem sucedido
tem dificuldade para aceitar que o que era correto no passado, agora pode não
estar mais correto, ou que não funcione mais.
A pessoa que não quer aceitar estas
mudanças gostaria de encontrar um consultor que pudesse mudar o mercado para
que ele voltasse a ganhar dinheiro da mesma forma como antes, ou alguém com
alguma forma milagrosa, do tipo: “Como ganhar dinheiro no novo mercado sem
precisar fazer força”; “Mil e uma maneiras de corrigir o mundo sem precisar se
corrigir”.
O mercado muda, as exigências mudam, e
temos que aprender a mudar para nos manter no mercado. O grande problema é que
somos péssimos juizes de nós mesmos. Dificilmente conseguiremos sozinhos fazer
uma autocrítica, de forma a encontrar nossos erros e erros estruturais da
empresa.
Nas minhas aulas eu costumo lembrar a
seguinte frase: “O melhor negócio do mundo é comprar a pessoa pelo que ela
vale, e vendê-la pelo que ela pensa que vale”, com certeza teremos uma
diferença muito grande.
Vorneis de Lucia
Presidente do Instituto Pro Humanitas
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