segunda-feira, 28 de abril de 2014

FINS E MEIOS

Recentemente participei de uma reunião com uma pessoa empreendedora que dizia que deveríamos gerar emprego em nossa cidade a qualquer custo. Fiquei preocupado, pois esta pessoa, apesar de ser esclarecida, estava cometendo um erro estratégico de desenvolvimento econômico. É fundamental esclarecer a definição de “fins” e “meios”.

Quando o “fim” está direcionado para o “social”, o “meio” pelo qual alcançaremos esta melhora do social é no incentivo e geração de empregos nos diversos segmentos empresariais, tais como: indústria, turismo, comércio e o agro-negócio.

Uma falha que alguns empreendedores têm cometido é a de transformar os pólos geradores de emprego como atividade “fim”. Este tipo de atitude gera uma crise social que por sua vez prejudica o desenvolvimento econômico.

Tomemos como exemplo a cidade do Rio de Janeiro que tem um turismo forte, mas um turismo pelo turismo e não um turismo pelo social, e como resultado temos uma cidade rodeada de favelas e dominada pelo crime organizado.

Outro exemplo que devemos lembrar é o da cidade de Cubatão, que tinha uma indústria forte, mas uma indústria pela indústria, e não uma indústria pelo social, e como consequência uma crise da saúde, onde as crianças nasciam deformadas e uma destruição do meio ambiente.

Acredito que não é isto que queremos para a nossa cidade. Gerar emprego a qualquer custo é um ato irresponsável.

O social como “fim” gera a infraestrutura e os atrativos para que os empresários queiram investir em nossa cidade. Nenhum investidor quer investir em uma cidade cuja população não tem qualidade de vida.

Tomemos como bons exemplos cidades como: Itu, Sorocaba, Poços de Caldas, entre outras, que souberam desenvolver o Turismo, a Indústria e o Comércio, sem prejuízo do social.

Vorneis de Lucia
Presidente do Instituto Pro Humanitas


Nenhum comentário:

Postar um comentário