Recentemente
participei de uma reunião com uma pessoa empreendedora que dizia que deveríamos
gerar emprego em nossa cidade a qualquer custo. Fiquei preocupado, pois esta
pessoa, apesar de ser esclarecida, estava cometendo um erro estratégico de
desenvolvimento econômico. É fundamental esclarecer a definição de “fins”
e “meios”.
Quando
o “fim” está direcionado para o “social”, o “meio” pelo
qual alcançaremos esta melhora do social é no incentivo e geração de empregos
nos diversos segmentos empresariais, tais como: indústria, turismo,
comércio e o agro-negócio.
Uma falha que alguns empreendedores têm
cometido é a de transformar os pólos geradores de emprego como atividade “fim”.
Este tipo de atitude gera uma crise social que por sua vez prejudica o
desenvolvimento econômico.
Tomemos
como exemplo a cidade do Rio de Janeiro que tem um turismo forte, mas um
turismo pelo turismo e não um turismo pelo social, e como resultado temos uma
cidade rodeada de favelas e dominada pelo crime organizado.
Outro
exemplo que devemos lembrar é o da cidade de Cubatão, que tinha uma indústria
forte, mas uma indústria pela indústria, e não uma indústria pelo social, e
como consequência uma crise da saúde, onde as crianças nasciam deformadas e uma
destruição do meio ambiente.
Acredito
que não é isto que queremos para a nossa cidade. Gerar emprego a qualquer custo
é um ato irresponsável.
O
social como “fim” gera a infraestrutura e os atrativos para que os
empresários queiram investir em nossa cidade. Nenhum investidor quer investir
em uma cidade cuja população não tem qualidade de vida.
Tomemos
como bons exemplos cidades como: Itu, Sorocaba, Poços de Caldas, entre outras,
que souberam desenvolver o Turismo, a Indústria e o Comércio, sem prejuízo do
social.
Vorneis de Lucia
Presidente do Instituto Pro Humanitas
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