Muitas pessoas não entendem o porquê
dos empreendedores não darem a devida importância à sua formação cultural.
Estão muito preocupados em trabalhar e ganhar dinheiro, mas nem um pouco
preocupados em aprender e se desenvolver.
Esta forma de agir tem uma explicação
histórica. Até o final da Idade Média o trabalho era visto como uma atividade
que deveria ser executada por escravos, ou seja, pessoas consideradas
inferiores. O trabalho não dignificava o homem. A classe Aristocrática não
trabalhava, portanto, podia dedicar o seu tempo ao desenvolvimento intelectual
e político.
Nos fins da Idade Média surge a
Burguesia, ou seja, homens livres que passaram, a partir do seu trabalho, a
acumular riqueza e consequentemente o poder social e político. Este homem livre
e com poder passa a dar ao trabalho um valor que antes não existia, uma
dignidade para quem trabalha.
Por outro lado, as pessoas que não
trabalhavam, mesmo aquelas que se dedicavam ao desenvolvimento intelectual,
eram consideradas pessoas que viviam no ócio. Os que trabalhavam e geravam
riquezas eram contra o ócio, ou seja, negavam o ócio. Daqui surge a palavra
NEGÓCIO (NEG=negar + ÓCIO).
Por isso, encontramos poucos
negociantes que admiram o desenvolvimento intelectual, pois não foram educados
a ver o estudo como uma forma de trabalho.
Empreendedor, esta cultura é do início
do século XIX, ou seja, tem mais de 100 anos. Abra os olhos e a mente, pois o
NEGÓCIO de hoje exige CONHECIMENTO.
Vorneis de Lucia
Presidente do Instituto Pro Humanitas
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