segunda-feira, 28 de abril de 2014

FORMAÇÃO DO EMPREENDEDOR

Muitas pessoas não entendem o porquê dos empreendedores não darem a devida importância à sua formação cultural. Estão muito preocupados em trabalhar e ganhar dinheiro, mas nem um pouco preocupados em aprender e se desenvolver.

Esta forma de agir tem uma explicação histórica. Até o final da Idade Média o trabalho era visto como uma atividade que deveria ser executada por escravos, ou seja, pessoas consideradas inferiores. O trabalho não dignificava o homem. A classe Aristocrática não trabalhava, portanto, podia dedicar o seu tempo ao desenvolvimento intelectual e político.

Nos fins da Idade Média surge a Burguesia, ou seja, homens livres que passaram, a partir do seu trabalho, a acumular riqueza e consequentemente o poder social e político. Este homem livre e com poder passa a dar ao trabalho um valor que antes não existia, uma dignidade para quem trabalha.

Por outro lado, as pessoas que não trabalhavam, mesmo aquelas que se dedicavam ao desenvolvimento intelectual, eram consideradas pessoas que viviam no ócio. Os que trabalhavam e geravam riquezas eram contra o ócio, ou seja, negavam o ócio. Daqui surge a palavra NEGÓCIO (NEG=negar + ÓCIO).

Por isso, encontramos poucos negociantes que admiram o desenvolvimento intelectual, pois não foram educados a ver o estudo como uma forma de trabalho.

Empreendedor, esta cultura é do início do século XIX, ou seja, tem mais de 100 anos. Abra os olhos e a mente, pois o NEGÓCIO de hoje exige CONHECIMENTO.

Vorneis de Lucia
Presidente do Instituto Pro Humanitas


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