segunda-feira, 28 de abril de 2014

FALHA DE JULGAMENTO

Como é interessante o comportamento de determinadas pessoas empreendedoras diante da necessidade de um julgamento. O “achismo” impera e as decisões são quase que sempre apoiadas na emoção e não na razão fundamentada.

É muito comum as pessoas julgarem determinados trabalhos por oferecerem um resultado agradável aos olhos e aos ouvidos, entretanto, o conteúdo do mesmo pode deixar a desejar no que diz respeito ao resultado que este trabalho dará.

Estamos falando da dificuldade que algumas pessoas têm em discernir entre o “Belo” e o “Bom”. Quando desenvolvemos algo belo, bonito, estamos atendendo a necessidade estética, ou seja, a parte visual. Como diz Tolstoi “Uma ação pode ser gentil e boa, ou cruel e má; uma música pode ser agradável e boa, desagradável e ruim, mas nunca podem ser belas ou feias. Um homem, um cavalo, uma casa, uma vista, um movimento podem ser belos, mas sobre ações, pensamentos, caráter, música, podemos dizer que são bons, se gostamos muito deles, ou não bons, se não gostamos; só podemos dizer “belo” daquilo que é agradável à nossa visão. De forma que a palavra e o conceito “bom” abrangem dentro de si o conceito “belo”, mas não vice-versa: o conceito “belo” não cobre o conceito “bom”.”

Eu gostaria de fazer um alerta aos empreendedores quando dizem: “esta pessoa é bonita” ou “ela é feia”, ou “esta pessoa me agrada” ou “me desagrada”. Estamos olhando a parte estética da pessoa e não o seu caráter, uma pessoa bela não é necessariamente uma pessoa boa.

Empreendedor tome cuidado com o seu julgamento, não fique na superficialidade do “belo”. Procure se aprofundar para entender o que há de bom e desta forma irá tomar uma boa decisão, e não uma decisão bela que agrade ao olhar das pessoas.

Vorneis de Lucia
Presidente do Instituto Pro Humanitas


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