Como é interessante o comportamento de
determinadas pessoas empreendedoras diante da necessidade de um julgamento. O
“achismo” impera e as decisões são quase que sempre apoiadas na emoção e não na
razão fundamentada.
É muito comum as pessoas julgarem
determinados trabalhos por oferecerem um resultado agradável aos olhos e aos
ouvidos, entretanto, o conteúdo do mesmo pode deixar a desejar no que diz
respeito ao resultado que este trabalho dará.
Estamos falando da dificuldade que
algumas pessoas têm em discernir entre o “Belo” e o “Bom”. Quando desenvolvemos
algo belo, bonito, estamos atendendo a necessidade estética, ou seja, a parte
visual. Como diz Tolstoi “Uma ação pode ser gentil e boa, ou cruel e má; uma
música pode ser agradável e boa, desagradável e ruim, mas nunca podem ser belas
ou feias. Um homem, um cavalo, uma casa, uma vista, um movimento podem ser
belos, mas sobre ações, pensamentos, caráter, música, podemos dizer que são
bons, se gostamos muito deles, ou não bons, se não gostamos; só podemos dizer
“belo” daquilo que é agradável à nossa visão. De forma que a palavra e o
conceito “bom” abrangem dentro de si o conceito “belo”, mas não vice-versa: o
conceito “belo” não cobre o conceito “bom”.”
Eu gostaria de fazer um alerta aos
empreendedores quando dizem: “esta pessoa é bonita” ou “ela é feia”, ou “esta
pessoa me agrada” ou “me desagrada”. Estamos olhando a parte estética da pessoa
e não o seu caráter, uma pessoa bela não é necessariamente uma pessoa boa.
Empreendedor tome cuidado com o seu
julgamento, não fique na superficialidade do “belo”. Procure se aprofundar para
entender o que há de bom e desta forma irá tomar uma boa decisão, e não
uma decisão bela que agrade ao olhar das pessoas.
Vorneis de Lucia
Presidente do Instituto Pro Humanitas
Nenhum comentário:
Postar um comentário