Existem empreendedores que fazem
questão de administrar crises, e quando analisamos as causas descobrimos que a
grande maioria delas são crises provocadas por estas mesmas pessoas.
Diante da crise se colocam como
coitados e sofredores, mas quando alertadas com antecedência, fecham a cara,
pois não aceitam conselhos ou observações. Neste momento o orgulho e o
autoritarismo falam mais alto.
São pessoas que não percebem
determinados sintomas. Quem visita muito um consultório médico é porque está
doente, e quem se utiliza de um advogado como porta voz é porque está... com
certeza com muitos problemas, principalmente quando é opcional.
Uma pessoa empreendedora, seja ela um
comerciante, um industrial, um político, etc., tem que saber administrar
antecipando-se aos problemas, como diz Stephen Covey - no Quadrante II.
Mas tem pessoas que gostam de crises e
trabalham no Quadrante I, e basta alguém fazer uma observação e lá vem o coice,
muito bem retratado em uma passagem do livro Sagarana de João Guimarães Rosa
“... boi sanga sapiranga, se irrita com os grampos que lhe arpoam a barriga, e
golpeia com a anca, aos recuões.”
O
bom empreendedor sabe lidar com as pessoas e com as situações, não cria crises,
ele as evita. Como diz Spinoza “Não rir, não chorar, nem condenar — mas
compreender.” Só quem está disposto a compreender é que perceberá os sintomas,
os sentidos e as intenções.
Vorneis de Lucia
Presidente do Instituto Pro Humanitas
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