Quem não sabe para onde quer ir,
qualquer caminho serve.
São 8 horas da manhã e o empreendedor
inicia suas atividades. É mais um dia como qualquer outro, tem que vender,
serviço ou produto (dependendo do ramo de cada um).
Pobre empreendedor, não tem meta
definida, não tem um plano de ação, a sua única certeza são as contas para
pagar. É o aluguel que está para vencer, é a folha de pagamento, o contador que
já mandou as DARFs, não sabe se o cliente se dará ao trabalho de adentrar em
seu estabelecimento, mas, com persistência, ele ali está a esperar pelo
cliente.
Perguntamos: “Você conhece o seu
negócio?” – Ele responde: “Como a palma da minha mão!”
Então me diga: “Qual é o ponto forte do
seu negócio? E o ponto fraco também? Quais oportunidades você está visualizando
a curto, médio e longo prazo? E quais são as ameaças percebidas?”
Se o empreendedor demorar mais que um
minuto para responder, direi com muita franqueza: “Você não conhece o seu
negócio!”
Tenho conversado com muitos
empreendedores, todos notaram que não está tão fácil como antes. Mas notaram
por qual caminho? Na grande maioria das vezes pelo resultado financeiro. Não
precisa ser muito esperto quando notamos que antes sobrava e agora não sobra
mais.
Aí eu lhe digo: “Não basta chegar no
horário e abrir a porta, você precisa aprender a administrar melhor o seu
negócio. E com um olhar lânguido e a voz trêmula demonstra o seu medo de voltar
a estudar.”
Buscando encorajar lhe digo: “Vamos
homem, você tem a sua competência, muito conhecimento acumulado, o que lhe
falta é pôr em ordem o que na verdade já sabe.”
Organizar o conhecimento, olhar para o
mar e não se assustar com o horizonte, tendo a certeza que apesar de não se ver
o continente, ele está lá. O empreendedor tem que conhecer o seu negócio,
precisa fazer um quadro observando as suas forças, oportunidades, fraquezas e
ameaças, e a partir daí, tomar decisões estratégicas de médio e longo prazo.
Não dá mais para esperar a coisa
acontecer, temos que fazer com que aconteça. Mas para isso temos que conhecer o
caminho que queremos tomar, e saber onde queremos chegar.
Vorneis de Lucia
Presidente do Instituto Pro Humanitas
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